Cargas

A demanda por energia elétrica a ser atendida por cada subsistema/submercado é representada em valores médios para cada período do horizonte de estudo de determinado modelo. Para representar as variações da demanda que podem ocorrer ao longo do intervalo de um período, os períodos com discretização mais longa (ex: semanal, mensal) a carga deve ser fornecida para cada um dos Patamares de Carga em que os períodos são subdivididos, por meio de seus valores de profundidades e durações informados aos modelos.

Cargas Inflexíveis

As cargas inflexíveis são todas aquelas que devem ser atendidas de forma mandatória, ou seja, sempre que houver geração disponível. Entretanto, caso não haja potência ou energia suficiente para o seu atendimento, ocorre o que chamamos de “déficit” ou “corte de carga”, para os quais são atribuídos custos elevados de corte de carga.

Cargas/Ofertas adicionais

Correspondem a cargas adicionais, também consideradas como inflexíveis, que são fornecidas em separado à carga total do submercado . Estas cargas também são consideradas como inflexíveis – ou seja, acrescidas à demanda do submercado e patamar correspondente – e, se forem fornecidas com valor negativo, representam ofertas adicionais, também consideradas como inflexíveis e que são abatidas diretamente da carga/submercado correspondente.

Cortes de Carga (Déficit)

O corte de carga de energia (déficit) corresponde ao não atendimento à carga de determinado submercado, seja por falta de potência, energia, ou devido a custos marginais de operação muito elevados que sejam superiores aos custos estabelecidos para o corte de carga. Estes, custos, definidos pelo usuário, correspondem a um valor a ser “pago” pelo modelo por não atender determinada parcela da carga do sistema. Este custo é unitário, ou seja, aplicado a cada nova unidade de carga cortada, e seu valor pode ser constante (toda a carga cortada possui o mesmo custo) ou crescente com o montante de carga cortada. Neste segundo caso, as primeiras unidades de carga cortadas são mais “baratas” e, a medida em que o corte de carga aumenta, os próximos cortes tornam-se mais caros.

Caso se deseje onerar cortes de carga com muita profundidade, considera-se uma curva linear por partes para a função de custo de não atendimento à carga (déficit de energia). A figura mostra um exemplo dessa curva com três níveis ou patamares de déficit, com profundidades de 20, 30, e 50%, respectivamente, e custos unitários de R$800,00/MW, R$1200,00/MW e R$1700,00/MW.

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Referências