Enchimento de Volume Morto

Quando se conclui a construção da barragem de um reservatório, permitindo que o curso da água no rio volte ao seu percurso original 2, é preciso encher o volume do reservatório até o seu volume mínimo (vide seção Reservatórios), para que, posteriormente, a usina seja capaz de atingir uma altura de queda factível para geração.

O enchimento de volume morto é representado através de uma vazão mínima afluente para enchimento do reservatório em cada período de tempo no horizonte de estudo dos modelos, até o instante previsto para que a usina inicie sua operação. Com base nessas informações e com os dados de vazão natural afluente à usina que está enchendo volume morto, os modelos podem calcular o enchimento do reservatório.

Com o objetivo de se manter uma vazão mínima defluente durante o período de enchimento, também é possível informar valores mínimos de descarga de fundo para o reservatório, que são defluências para jusante que podem ser realizadas mesmo que a usina esteja abaixo do volume mínimo e, consequentemente, abaixo da cota de Soleira do vertedouro. O prazo de enchimento de volume morto é um dado de entrada do modelo e, caso não seja viável atendê-lo, o programa reporta o não atendimento desta restrição, fazendo os ajustes necessários no Balanço Hídrico nos Reservatórios.

A referência 1 descreve a modelagem de enchimento de volume morto, particularmente para o modelo DESSEM.

Notas de rodapé

2

a menos, evidentemente, da interrupção da vazão de água no ponto em que se situa a barragem, no qual a vazão a jusante dependerá das Variáveis operativas de uma UTE.

Referências

1

A. L Diniz, M. I. Ennes, and T. N. Santos. Consideração do enchimento de volume morto nos modelos SIMHIDR e DESSEM-PAT. Technical Report, Relatório Técnico CEPEL 15009/10, 2010. URL: https://www.cepel.br/produtos/documentacao-tecnica/.