Variáveis operativas de uma UHE

As principais variáveis relacionadas à operação de uma usina hidrelétrica, e que devem ser decididas pelos modelos, são:

  • turbinamento, que corresponde à vazão de água \(q\) que passa pela turbina de cada unidade geradora da usina, para fins de geração de energia elétrica, ou para a usina como um todo (\(Q\));

  • vertimento, que corresponde à vazão de água \(S\) que é defluída pelo vertedouro da usina, e que não gera energia elétrica;

  • desvio de água, que é uma forma alternativa de defluência (\(Dv\)), também sem geração, pela qual a água defluída se destina a outra usina que não a de jusante, é que é denominada “usina a jusante para desvio”;

  • vazão lateral, que corresponde à uma vazão que interfere na cota do canal de fuga (\(Qlat\)), proveniente de vazões defluentes de outras usinas ou vazões afluentes em rios que desaguam à jusante da usina;

  • volume armazenado no reservatório no inicio e final de cada período de tempo \(t\) (\(V^{t-1}\) e \(V^{t}\) ), e que depende das outras variáveis de operação da usina.

  • geração hidrelétrica, seja para cada unidade geradora (\(gh\)) ou para a usina como um todo (\(GH\)) .

Ressalta-se que, como as usinas hidrelétricas podem estar dispostas em sequência ao longo do curso dos rios (vide Topologia Hidráulica), as variáveis operativas de uma usina podem influenciar a operação das usinas a jusante na cascata. Além disso, existem outras variáveis que impactam a operação da usina e que são decididas ou calculadas pelo modelo, como retirada de água para outros usos, evaporação, bombeamento em usinas elevatórias, entre outros, e que são descritas em outras seções dessa documentação.

Para os modelos em que são consideradas restrições de _secao-unit-commitment-hidraulico, existem uma série de variáveis de decisão adicionais, associadas ao acionamento e desligamento das unidades geradoras.