Disponibilidade de Geração

A disponibilidade de geração térmica está associada à possibilidade de a usina e/ou unidades térmicas utilizarem todo a sua capacidade de geração, ou apenas parte dela, devido a alguns aspectos relacionados a seguir

Manutenção de unidades geradoras térmicas

A representação dos cronogramas de manutenção programada das usinas térmicas podem ser consideradas em todos os modelos, da seguinte forma:

  • nos modelos NEWAVE e DECOMP, representa-se a disponibilidade média no estágio, que é calculada, para cada período do estudo, com base nos fatores de manutenção ou indisponibilidade programada, fornecidas pelo usuário;

  • no modelo DESSEM, pode-se informar a indisponibilidade de cada unidade geradora individualmente, a partir das quais pode-se calcular também, quando necessário, a disponibilidade da usina como um todo.

Em horizonte de mais longo prazo, como por exemplo, mais de um ano à frente, esses fatores de manutenção térmica, denotados por \(k_{Manut}\), estão relacionados a dados históricos. Já para o horizonte de alguns meses a frente, devem ser fornecidos pelo usuário com base no cronograma previsto de manutenção das unidades gseradoras para o futuro próximo, levando em consideração a quantidade de horas que cada unidade da usina permanecerá em manutenção e as suas respectivas potências, que são descontadas da potência instalada na usina.

Falhas de unidades geradoras térmicas

Os modelos NEWAVE e DECOMP consideram taxas de indisponibilidade forçada as usinas térmicas, que podem ser variáveis por período de tempo \(t\) e patamar de carga \(p\), que são denotadas por \({{k_{{teif}_T}}_i}^{t,p}\), quando se referirem à usina \(i\) como um todo, ou \({{k_{{teif}_t}}_{i,j}}^{t,p}\) quando se referirem a cada unidade \(j\) da usina.

Fator de Disponibilidade Térmica

Quando combinadas as taxas de secao-manutencao_unidades_geradoras_termicas e de Falhas de unidades geradoras térmicas, obtém-se um fator \(k_{disp}\) de disponibilidade das usinas térmicas, que limita a geração no período \(t\), cenário \(s\):

\({{k_{{disp}_t}}_{i,j}}^t = {{k_{{manut}_t}}_{i,j}}^{t,p} {{k_{{teif}_t}}_{i,j}}^{t,p}\)

para o caso de unidades geradoras, e:

:math:` {{k_{{manut}_T}}_{i}}^t,p {{k_{{teif}_T}}_i}^t`

quando aplicado à usina como um todo.

Esse fator, denominado de fator de disponibilidade, é aplicado nas restrições físicas e operativas das usinas hidrelétricas, da seguinte forma:

\(gt_{i,j}^{t,p,s} \leq {{k_{{disp}_t}}_{i,j}}^{t,p} \times \overline{gt_{i,j}}\), para cada unidade geradora \(j\) da usina \(i\), e:

\(GT_{i}^{t,p,s} \leq {{k_{{disp}_T}}_i}^{t,p} \times \overline{GT_{i}}\), para cada usina \(i\),

onde \(\overline{GT_{i}}\).

Ressalta-se que os fatores por usina podem ser calculados a partir dos valores específicos de cada unidade geradora, quando aplicáveis.

Para cada usina \(i\), os valores de \({{k_{{manut}_T}}_{i,j}}^t,p\) e \({{k_{{teif}_T}}_i}^t\) são fornecidos diretamente pelo usuário (nos modelos NEWAVE e DECOMP) ou calculados com base em valores fornecidos para as unidades geradoras (no modelo DESSEM).

Ressalta-se que, em modelos de curtíssimo prazo como o DESSEM, representa-se diretamente o Status “ligada / desligada” das unidades geradoras térmicas. Desta forma, não se considera um fator de disponibilidade, mas sim a condição de a unidade estar ou não em operação.